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Como Minimizar Conflitos Familiares

A forma como interagimos e percebemos o outro determina muito nossa maneira bem intencionada de cuidarmos das pessoas que amamos no contexto familiar.

Mas precisamos observar nossas percepções- que são aspectos do outro ou de uma situação que possuem um significado singular para nós- que frequentemente pode gerar estresse nos relacionamentos.

Para entendermos um pouco da dinâmica familiar, faz-se necessário a compreensão que embora normal, vários tipos de cognição humana (percepção, atenção, memória, por ex.) podem acarretar distorções gerando interpretações equivocadas.

Baucom e Epstein (2002), desenvolveram uma tipologia de cognições que facilitam a compreensão:

– Atenção Seletiva – quando a pessoa percebe apenas alguns aspectos em detrimento de outros.

Ex. Concentrar em palavras e ignorar ações.

– Atribuições – Concluir sobre as ações do outro.

Ex. Se um parceiro deixou de responder uma ligação, achar que não quis responder.

– Expectativas- Pensar na probabilidade de ações negativas que possam ocorrer no relacionamento.

Ex. Achar que se disser o que pensa/sente para os pais ou parceiro resultaria em deixá-lo irritado.

-Suposições- Crenças sobre as características gerais das pessoas e dos relacionamentos.

Ex. – Eu sou pai portanto tenho mais experiência, estou sempre certo.

-Padrões – Crenças como “devem” ser as pessoas e os relacionamentos.

Ex. Os filhos ou parceiro não deve ter limites entre si, compartilhando todos os seus pensamentos e emoções.

Embora sejam percepções humanas, o problema começa a atingir as famílias quando ocorre de forma tendenciosa, conclusões errôneas, causando danos sobre os relacionamentos, principalmente se atribuído as ações do outro características negativas.

Esse conteúdo é moldado por esquemas familiares aprendidos na primeira infância através da família, tradições, costumes culturais ; são como mapas que podemos seguir pela vida e pelos relacionamentos, podendo se tornar inflexíveis.

Quando conhecemos alguém, cada um vem com seu esquema de vida e cada membro desenvolve um aprendizado especifico para o relacionamento atual, entretanto, como existia anos de valores da família de origem, cria-se um novo esquema baseado na crença de cada um, podendo criar interações nocivas caso ocorra distorções cognitivas.

As vezes esses esquemas sobre os relacionamentos não estão claros na mente do indivíduo, e o mesmo opera com noções vagas do que é ou deve ser (Beck,2002). Porém, uma vez desenvolvido, influenciam a forma de processar informações em novas situações.

Se estivermos abertos a renovar experiências conosco e com outras pessoas a fim de ampliarmos nossas perspectivas – livre de julgamentos e preconceitos diante do outro e de nós mesmos – podemos modificar esses esquemas que são como fobias raramente desafiadas que tentamos evitar de toda forma.

Os conflitos tendem a minimizar quando a informação e aprendizado que adquirimos é suficientemente relevante para alterar as crenças individuais, pois uma vez alteradas em nós, enxergaremos o outro com uma perspectiva mais realista e porque não, mais otimista.

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