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Eu posso, eu sou, eu faço…

Diariamente diversos meios de comunicação como TV, sites, revistas, nos inundam de dicas de como elevar nossa autoestima – emagrecendo 4 kgs em uma semana bastando tomar um shake diariamente, mudando o corte de cabelo de acordo com a nova tendência, usando roupas da moda (que nunca terão fim porque sempre existirá moda primavera-verão/outono inverno) – que fácil seria se fosse tão simples assim, bastaria então fazermos o que nos oferecem e pronto! Estaríamos realizados e felizes.

Mas…o equívoco começa no conceito de autoestima que o senso comum e a mídia de uma forma geral, acabou difundindo como se fosse algo a fazer de fora para dentro- adquira bens e serviços e aumente sua autoestima.

Não estou dizendo que não devemos emagrecer- até para preservar a saúde- arrumar o cabelo, usar roupas legais, etc, tudo isso aumenta nosso bem estar momentaneamente, mas não se mantém, porque a base da autoestima é construída internamente.

Mas então, o que seria autoestima?

Gosto da definição de Nathaniel Branden em seu livro – Auto Estima Como Aprender a Gostar de Si Mesmo- quando ele diz que DE TODOS OS JULGAMENTOS QUE FAZEMOS, NENHUM É TÃO IMPORTANTE QUANTO O QUE FAZEMOS DE NÓS MESMOS e ressalta que ela tem dois componentes; o sentimento de competência pessoal e de valor pessoal.

E afirma que além de problemas biológicos não consegue pensar em uma única dificuldade psicológica, da ansiedade à depressão, o medo, uso de drogas, violência, disfunção sexual, suicídio, crimes violentos – que não esteja relacionada com a autoestima negativa.

Observo uma atitude inerente às pessoas com boa autoestima; elas transmitem serenidade que vem do autorespeito que possuem sem o qual não conseguiriam ter pelos outros, não estão brigando consigo mesmas e com os outros porque reconhecem o seu valor pessoal mesmo diante das adversidades inerentes à vida e essa convicção lhes dá tranquilidade para seguir em frente e superar dificuldades com autoconfiança.

Autoestima, autoconfiança, autorespeito … cada termo só coexiste com os demais porque se complementam em sua definição pois sem autoestima não sentiremos autoconfiança e nem teremos autorespeito. Ou… seria que sem autorespeito não teríamos autoconfiança para sentirmos autoestima? Para se pensar!

E como diz o psiquiatra e filósofo Neel Burton, autor do livro Heaven and Hell: The Psychology of the Emotions (Céu e Inferno: a Psicologia das Emoções, sem edição no Brasil): “Autoconfiança significa ‘eu posso’; autoestima quer dizer ‘eu sou’ e orgulho (que gera o autorespeito) é ‘eu faço”

Bom resumo para nos avaliarmos – eu posso, eu sou, eu faço?

“O material desse site é informativo, não substitui a terapia oferecida por um psicólogo.”

VANIA COSTA – PSICÓLOGA – CRP- 06/122039

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